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Todos me perguntam se existe uma idade ideal para iniciar-se no estudo da dança artística?  Se é possível dançar depois de adultas? Sim, claro que é possível!  Por mais que ainda existam mitos em relação ao ballet clássico,  resolvi escrever este post para falar um pouco sobre minha experiência como bailarina e sobre minhas turmas de ballet clássico adulto às quais dou aulas.  Uma das per­gun­tas mais fre­quen­tes é  com que idade come­cei e há quanto tempo eu danço.  Comecei aos 7 anos, porém têm também quem comece aos 20, 30, 40 anos.  Não se aflija, pois uma turma de bal­let adulto é sem­pre bem “mis­tu­rada” e você não estará sozinha. A dança é para todos independente de idade, sexo, cultura. A dança é uma necessidade humana que sensibiliza e humaniza. Portanto, dance sempre que seu corpo sentir vontade. A dança libera emoções e sentimentos. Tornamo-nos pessoas melhores através da dança. 

Por que o ballet infantil é brincadeira muito séria?

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                           Refletindo sobre “novos métodos” para o ensino de ballet clássico, é possível perceber que a formação do artista da dança clássica, diferentemente do que dita o senso comum, depende de um longo processo de formação, que se estende por toda sua vida profissional. Sabemos que a “evolução do pensamento sobre o corpo que dança acompanha a evolução da humanidade, principalmente em seus aspectos políticos e religiosos, uma vez que o corpo sempre esteve atrelado à moral e à personalidade do homem, e é a partir dele que estabelecemos toda nossa relação com o mundo. Sendo assim, por mais que o dançar na infância, na sociedade contemporânea, vem se modificando, não podemos deixar de atentar sobre a construção do conhecimento da técnica do ballet clássico, constituída pela prática da dança em si, pela experimentação do movimento, pela vivência e pela experiência do sensível , afinal, toda e qualquer arte se aprende pela ação, pelo fazer e  contato com a arte propria

POR QUE A BAILARINA USA COQUE ?

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Registro: Espetáculo de Dança Viviane Candiotto - Nov/2016 - Nossa aluna Cecília Faraco sempre com coque impecável / Fotografia: Claudio Etges O senso prático diz que franja ou fios de cabelo caindo no rosto da bailarina atrapalham na execução da maioria dos passos, como os cambrés, saltos, giros, diagonais e grandes deslocamentos. O mesmo pode se dizer do ponto de vista do professor, pois uma aluna com coque bem feito ajuda na visualização dos movimentos da cabeça, de ombros e colocação geral do corpo. Fazer coque diariamente demonstra a importância de lidar com o corpo, com a aparência e com o ritual que envolve fazer Ballet. E como tudo na dança, coque também depende de treinamento, quanto mais fazemos, melhor o resultado. Só a prática traz o aprimoramento. Coque torto, mal feito, caindo ou com fios saindo é sinal de total desleixo, tanto consigo como o que está sendo feito, a dança em si. Não há quem consiga se concentrar, dançar e girar a cabeça sem os cabelos devidament

POR QUE A BAILARINA USA COQUE?

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  Bailarina Luíza Aléssio, com seu coque impecável na apresentação da escola em 2013 no Teatro Elias Angeloni  Fotografia: Cláudio Etges Seguindo esse modo de ser bailarina, o coque é mais que um penteado, pois é na arte de fazer seu coque que se inicia na bailarina um processo de identificação, representação e significação perante o mundo que nos cerca. Arrumar seu coque constitui um momento precioso de concentração consigo mesma. Para as mães, fazer o coque de sua filha é um gesto de amor que irá se perpetuar através das memórias, que quando vindas à tona lembranças de infância, estarão os coques puxados para o dia da aula de balé ou apresentações. Dessa forma, o coque da bailarina é um modo de se apresentar e representar o artista da dança clássica. É importante salientar aqui que para a bailarina, a aparência corporal engloba tanto a maneira de se vestir, quanto a maneira de se pentear e ajeitar o rosto, ou seja, a forma diária de se apresen