POR QUE A BAILARINA USA COQUE?

 Bailarina Luíza Aléssio, com seu coque impecável na apresentação da escola em 2013 no Teatro Elias Angeloni Fotografia: Cláudio Etges















Seguindo esse modo de ser bailarina, o coque é mais que um penteado, pois é na arte de fazer seu coque que se inicia na bailarina um processo de identificação, representação e significação perante o mundo que nos cerca. Arrumar seu coque constitui um momento precioso de concentração consigo mesma. Para as mães, fazer o coque de sua filha é um gesto de amor que irá se perpetuar através das memórias, que quando vindas à tona lembranças de infância, estarão os coques puxados para o dia da aula de balé ou apresentações. Dessa forma, o coque da bailarina é um modo de se apresentar e representar o artista da dança clássica. É importante salientar aqui que para a bailarina, a aparência corporal engloba tanto a maneira de se vestir, quanto a maneira de se pentear e ajeitar o rosto, ou seja, a forma diária de se apresentar socialmente para esta prática. Por séculos, o balé traz sua disciplina na questão do uniforme durante as aulas pois o coque puxado, a malha e a meia-calça exemplificam a disciplina da homogeneidade, onde todos acabam na busca da igualdade, pois não importa o lugar que vai fazer aula, geralmente é tudo meio padrão. Afinal, bailarina sem coque não é bailarina, não é mesmo? 


  Texto: Profª Ma. Viviane Candiotto/ Junho 2017

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